A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 1,5% em agosto, em
relação a julho, e ficou em 120,6 pontos, em uma escala que varia de 0 a
200 pontos. Com o resultado, o indicador da Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) está
próximo do valor mínimo de 120,3 pontos registrado em agosto de 2009,
início da série histórica. Em comparação com agosto de 2012, a queda do
índice foi de 15,1%.
Dos sete itens avaliados pelo ICF, cinco sofreram retração no mês.
Segundo a Fecomercio, o resultado ainda é um sinal da insatisfação das
famílias com as condições econômicas e com os serviços públicos
demonstrados nas manifestações de junho.
Entretanto, a elevação de dois itens ligados a expectativas futuras –
perspectiva profissional (+2,5%) e perspectiva de consumo (+4%) com,
respectivamente, 128,2 e 115,2 pontos – podem indicar uma perspectiva de
reversão da trajetória do ICF, aliado à inflação desacelerada e à taxa
de desocupação ainda baixa.
O destaque negativo em agosto foi em relação ao nível de consumo atual,
o que mostra que as famílias nunca estiveram tão insatisfeitas. No mês,
a queda foi de 5,9% e a pontuação chegou ao menor nível da série
histórica (89,8 pontos).
O segundo pior resultado foi no item renda atual, que recuou 4% e ficou
nos 131 pontos. As outras quedas foram em momento para duráveis (113,6
pontos), acesso ao crédito (139,9 pontos) e emprego atual (126,6
pontos), com variações negativas de 3,8%, 2% e 1,3%, respectivamente.
Analisando por faixa de renda, pelo quarto mês consecutivo as famílias
com renda superior a dez salários mínimos estão menos satisfeitas que as
que ganham abaixo desse valor. Em agosto, a pontuação ficou em 116,8
pontos (-2,6%) para os que ganham acima de dez salários mínimos e em
121,9 pontos (-1,1%) para as famílias com rendimento de até dez
salários.
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