quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Criação de empregos formais melhor setembro desde 2010.

A criação de empregos com carteira assinada continuou em trajetória de alta em setembro, quando foram abertas 211.068 vagas formais, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (16).
De acordo com o governo, as vagas formais criadas em agosto neste ano tiveram uma alta de 40% frente ao mesmo mês de 2012 - quando foram abertos 150.334 empregos com carteira assinada.
Também foi o melhor resultado mensal deste ano, além de ter sido a primeira vez, em 2013, que a criação de vagas formais ficou acima de 200 mil  postos criados.
Melhor setembro desde 2010
De acordo com números oficiais, o resultado de setembro deste ano representa a maior criação de empregos formais para este mês desde 2010 - quando foram abertas 246.875 vagas com carteira assinada. No mesmo mês de 2011, foi registrada a criação de 209.078 empregos formais.
O recorde na criação de empregos formais, para meses de setembro, aconteceu no ano de 2008 - período no qual foram abertas 282.841 vagas.
Resultado parcial do ano é o pior desde 2009
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda de acordo com informações do Ministério do Trabalho, a geração de empregos formais somou 1,32 milhão de vagas.
Isso representa uma queda de 15,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram criadas 1,57 milhão de vagas. Também é o pior resultado para o período desde 2009, quando foram abertos 1,12 milhão de empregos com carteira assinada. O recorde para os nove primeiros meses de um ano foi registrado em 2010 (2,49 milhões de empregos formais abertos).
Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2013, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de julho). Os dados de agosto ainda são considerados sem ajuste.
Crise financeira
A queda na criação de empregos formais neste ano acontece em um momento no qual a crise financeira internacional ainda tem mostrado efeitos na Europa, ao mesmo tempo em que a China tem registrado expansão inferior aos últimos anos. Nos Estados Unidos, há sinais de uma pequena aceleração da economia.
No Brasil, por sua vez, o governo adotou uma série de medidas para tentar estimular a economia no ano passado, com reflexos em 2013, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos, a redução do IOF para empréstimos de pessoas físicas e a desoneração da linha branca e dos automóveis – entre outros.
Entretanto, já teve de reverter algumas medidas – como a queda de juros que prevaleceu em 2012 – para combater a inflação. Neste ano, os juros já subiram em cinco oportunidades, para 9,5% ao ano. Além disso, a retirada de estímulos ao crescimento nos EUA gerou aumento do dólar no Brasil, em relação ao patamar registrado até maio - quando estava em R$ 2.

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