O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quinta-feira (17), por unanimidade, receber denúncia do Ministério Público que acusa o deputado federal Bernardo Santana (PR-MG) de sonegação fiscal. Com isso, o inquérito no qual o parlamentar era investigado será transformado em ação penal e ele vai virar réu no processo.
Bernardo de Vasconcellos Moreira, conhecido como Bernardo Santana, foi acusado de, como diretor da empresa Rima Industrial, ter comprado entre 2005 e 2009 carvão vegetal de origem nativa como se fosse de origem plantada, o carvão de eucalipto - o de origem nativa é mais caro e demandaria pagamento de mais impostos.
A origem do carvão era fraudada, conforme a denúncia, em notas fiscais falsas.
Na defesa feita no plenário do Supremo, o advogado Bruno César Gonçalves da Silva negou o cometimento de crime e afirmou que foi ilegal a coleta de provas pelo Ministério Público. O caso foi inicialmente investigado pelo Ministério Público estadual de Minas porque, na época, Bernardo Santana não era parlamentar - ele foi eleito em 2010, quando a investigação foi remetida ao Supremo por conta do foro privilegiado.
O esquema de compra ilegal de carvão e desmatamento irregular de mata nativa foi descoberto na operação SOS Cerrado, em março de 2009, também chamada de Máfia do Carvão, feita em parceria . Pelos mesmos fatos, Bernardo Santana ainda responde a outro inquérito e outra ação penal por crime contra o meio ambiente.
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